
Eventos

Curso: Formação para profissionais de turismo
Curso presencial
Data e horário: 15 de março, das 10h às 17h (com pausa para almoço)
Carga horária: 6h
Vagas: 20
Local: Sala de aula 1 do Museu do Ipiranga
Inscrição gratuita: De 24 de fevereiro a 7 de março pelo link: https://forms.gle/KbD4rrWFg5crPg7R6
Intérprete de Libras: Sim
Emissão de certificado: Sim
O turismo e a cultura caminham juntos na experiência de visitantes que buscam conhecimento e lazer. Para garantir que esses momentos sejam enriquecedores, é essencial que os profissionais da área estejam preparados para oferecer informações precisas e contextualizadas sobre o patrimônio histórico e cultural.
Nesse contexto, o curso “Formação para profissionais de turismo” tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o Museu do Ipiranga e suas exposições de longa duração, além de apresentar os procedimentos para agendamento de grupos e as normas de visitação. A programação inclui uma visita mediada conduzida pelos educadores do Museu, proporcionando uma experiência imersiva.
Durante o curso, os participantes exploraram as exposições de longa duração:
- Para entender o Museu: A história do Edifício-Monumento e a transformação do acervo ao longo dos anos.
- Uma História do Brasil: O percurso pelas salas históricas do Museu, com destaque para a pintura “Independência ou Morte!”, de Pedro Américo.
- Passados imaginados: O impacto de representações históricas elitistas e a discussão sobre novas leituras.
- Mundos do trabalho: Representações do trabalho ao longo da história do Brasil.
Casas e coisas: O espaço doméstico e sua relação com identidades sociais.
O curso é uma oportunidade única para guias de turismo e profissionais da área aprimorarem suas práticas e aprofundarem seu conhecimento sobre o Museu do Ipiranga.
Participe!

Visita mediada: Ausências e presenças: Representações das mulheres no Museu Paulista
Presencial
Data e horário: 08, 15 e 29/03 às 14h
Público-alvo: espontâneo
Número de vagas: 20
Ponto de encontro: no Saguão, ao lado da Escadaria.
Inscrição: não é necessário
O roteiro propõe debater as ausências e presenças de mulheres nas narrativas da história brasileira presentes no acervo do Museu Paulista, dialogando com produções artísticas contemporâneas. Será discutido como as obras permitem apreender quais os papéis sociais atribuídos às mulheres a partir do século XX e suas reverberações na atualidade.

Espartilho de seda da Maison Leóty, 1891
Fonte: Costume Institute, Metropolitan Museum of Art (NY)
Palestra: Interpretando objetos: moda, intimidade, gênero e história
Palestra presencial
Data: 22 de março (sábado)
Horário: das 14h às 18h
Carga horária: 4h
Vagas: 200
Local: Auditório do Museu do Ipiranga
Inscrições gratuitas: Até 17/03 neste link.
O que as roupas podem nos contar sobre a história? Muito mais do que aparentam. No encontro Interpretando objetos: moda, intimidade, gênero e história, uma dupla de palestrantes mergulha no universo da moda para entender como o vestuário ajudou a moldar normas sociais, expressar individualidades e desafiar convenções de gênero.
Guilherme Domingues Gonçales traz um olhar sobre a adoção de peças tradicionalmente masculinas – como paletós, coletes e gravatas – por mulheres entre 1851 e 1911. A partir da análise de jornais e fotografias da época, o estudo reflete sobre quais mulheres adotaram essa moda, em quais contextos e quais significados essa escolha carregava. A palestra abordará os impactos dessas vestimentas nas dinâmicas sociais e corporais da época, revelando como o vestuário pode funcionar como um marcador de transformações culturais e desafios às normas de gênero.
Já Priscila Nina Ferreira apresenta sua pesquisa sobre o uso do espartilho no Brasil entre 1889 e 1929. O estudo investiga o papel dessa peça na construção da feminilidade e da intimidade burguesa no Brasil da virada do século 19 para o 20. Mais do que um item de vestuário, o espartilho esteve presente no corpo das mulheres, nas vitrines, nos anúncios publicitários e nas representações artísticas, refletindo as transformações da sociedade moderna. A palestra discute como esse artefato foi um agente ativo na definição das fronteiras entre público e privado, na ritualização do cotidiano e na normatização dos corpos femininos.
A palestra faz parte do ciclo Encontro com a Pesquisa, uma iniciativa do Museu Paulista da USP para aproximar o público das investigações realizadas a partir de seus acervos. Ao longo de 2025, serão promovidos 12 encontros mensais, sempre aos sábados, trazendo temas variados e novas perspectivas sobre história e cultura material.

Curso: Mapas e textos na construção da História
Curso presencial
Datas: 25/03 a 10/06 (terças-feiras)
Horário: 8h30 às 12h30
Local: Auditório do Museu do Ipiranga
Carga horária: 48h
Certificado: Emitido para participantes com pelo menos 75% de frequência
Valor da inscrição: R$ 50,00 (pagamento via boleto bancário)
Isenção: Professores da Rede Pública e pós-graduandos da USP podem solicitar gratuidade até 17/03, enviando e-mail com comprovante de vínculo para [email protected]
Vagas: 200
Inscrições: De 24/02 a 17/03, no link.
Os mapas contam histórias. Textos descrevem territórios. Quando combinados, revelam percursos, limites e transformações que ajudaram a moldar o Brasil. O curso de extensão Mapas e textos na construção da História explora essa relação entre registros cartográficos e fontes escritas, permitindo uma compreensão mais profunda da ocupação e divisão territorial ao longo dos séculos.
A partir de exemplos concretos de pesquisa, as aulas percorrem desde a navegação costeira e as capitanias hereditárias até as incursões pelo sertão e a ocupação da Amazônia. Mapas históricos, roteiros de viagem e relatos documentais são utilizados para reconstruir os caminhos que formaram o país. Afinal, os textos sem mapas são cegos, e os mapas sem textos são mudos.
Ministrado por Jorge Pimentel Cintra, o curso é voltado ao público com formação universitária e oferece uma experiência imersiva na interseção entre história, geografia e cultura material.
PROGRAMA
Bloco A
- A toponímia e ocupação da costa brasileira: mapas e roteiros
- Comparação do Tratado descritivo do Brasil com mapas da época, em particular o Roteiro de todos os sinais
- As Capitanias Hereditárias na gênese dos limites dos atuais estados brasileiros
- Os mapas de Luís Teixeira e Bartolomeu Velho e as cartas de doação das Capitanias, na delimitação do território. Visão geral da formação dos territórios estaduais, em particular o do Rio de Janeiro.
- A reconstrução dos ataques de Manuel Preto às missões no Guairá.
- Um fato histórico que ilustra a penetração nos sertões. O mapa de Céspedes Xeria, o mapa Parte do Governo de São Paulo e os documentos do Arquivo das Índias. A presença do Tupi na toponímia.
- Exploração e ocupação da Amazônia
- Os exploradores, os roteiros de viagem e os mapas antigos da Amazônia, até 1750. Missões e vilas.
- Cartografia, textos e imagens do Brasil Holandês
- Brasil Holandês: Os mapas de MarcGrave, as iluminuras de Franz Prost e os primeiros relatos: O Castrioto Lusitano e O valeroso Lucideno.
- Relatos e mapas das monções e a ocupação da região oeste do Brasil
- As rotas fluviais para Cuiabá e seu prolongamento para Vila Bela e Mato Grosso. Os caminhos por terra. A cartografia dessas rotas.
Bloco B
- Metodologias para a determinação de caminhos em nível de detalhe: de São Paulo a Itu.
- Combinando relatos de viajantes e mapas antigos para a recuperação de traçados de caminhos antigos. Peabiru: o que se sabe e o que se imagina. Os antigos e modernos caminhos de Itu.
- Os caminhos de São Paulo a Santos, os relatos da Independência e o trajeto de D. Pedro
- Mostrar com esse exemplo concreto a interação entre os mapas antigos e os relatos históricos na determinação desse traçado.
- Os caminhos e os mapas de Minas Gerais. A rota de Fernão Dias
- Trabalhando com documentos originais: os primórdios da penetração do atual território de Minas Gerais. Exploração do território por Fernão Dias: assentamento de arraiais e os caminhos de São Paulo a Minas.
- História, tradição oral, lenda e romance: um estudo sobre Pedro Taques
- Comparação dos escritos de Pedro Taques com fontes anteriores manuscritas (AHU e outras) e escritos de autores posteriores: Azevedo Marques, Carvalho Franco e Taunay. Criação de romances, filmes e poemas épicos. Selecionando dois personagens como exemplo: Pedro Leme, o Torto e Fernão Dias.
- Reconstruindo as divisas de sesmarias, municípios, estados e países, a partir de descrições
- Tentativas de reconstruir os limites de sesmarias, rocios e municípios. Questões de divisas estaduais e nacionais.
- Mapas e textos na determinação do local de acontecimentos históricos
- Partindo da pesquisa que determinou o local da proclamação da Independência do Brasil, analisar a heurística de busca de mapas e textos que permitiram essa determinação, com a ajuda de programas de cartografia digital.

Disciplinas optativas
Vagas: 5 pessoas por disciplina
Público-alvo: graduandos que não estão matriculados na USP
Local: Sala de aula do Museu do Ipiranga
Inscrições: enviar pedido de inscrição para o e-mail [email protected]
Imagens e Relatos: Viajantes e a Construção de Narrativas
Partindo-se da premissa da mudança de entendimento do mundo a partir da Ilustração (século 18) e do forte empenho em catalogar seres animados e inanimados, a disciplina se concentra em alguns dos relatos e imagens produzidos por artistas-cientistas-viajantes estrangeiros que percorreram parcela da província/estado de São Paulo ao longo do século 19. Terá como contrapontos as representações produzidas por alguns membros locais e como os mesmos elementos são interpretados, como tais imagens e textos foram apropriados para uma determinada construção histórica, em especial por Afonso d’Escragnolle Taunay, quando diretor do Museu Paulista (1917-1945).
Ministrante: Prof.ª Ana Paula Nascimento
Período das aulas: 27/2 a 12/6 (Todas às quintas-feiras das 14h às 18h)
Ementa completa: clique aqui
Introdução ao Estudo da Cultura Material
Pretende-se apresentar os paradigmas teóricos e metodológicos que orientam, nas ciências humanas, a reflexão sobre o lugar da materialidade nas relações sociais. Apesar do significativo aumento de pesquisas relacionadas à cultura material, faz-se necessário identificar as especificidades das fontes materiais por meio de discussões epistemológicas e exercícios de análise, evitando-se o tratamento ilustrativo, periférico e de viés logocêntrico, ainda recorrente para esse tipo de documentação. Espera-se oferecer aos alunos um quadro amplo, mas seletivo, das experiências com as fontes materiais, para que, por meio delas, o aluno se sinta capacitado e estimulado a empreender sua própria pesquisa. Propõe-se como ponto de partida a análise morfológica das fontes materiais e, a partir dela, novas questões que possam levá-los a uma melhor articulação das evidências imediatas da documentação com suas implicações nos agenciamentos que tais documentos desempenharam em contextos historicamente definidos.
Ministrante: Prof.ª Vânia Carneiro de Carvalho
Período das aulas: 25/2 a 8/7 (Todas as terças-feiras das 14h às 18h)
Ementa completa: clique aqui
Preservação do Patrimônio Cultural no Brasil: Conceitos, Políticas Públicas, Estratégias
Fornecer aos alunos noções básicas sobre as estratégias de preservação do patrimônio cultural no Brasil relativas tanto às manifestações materiais quanto imateriais ou intangíveis, bem como sobre as transformações conceituais que balizaram as políticas públicas de preservação, especialmente do tombamento e de criação de museus; abordar os processos históricos de construção de políticas públicas de preservação do patrimônio cultural brasileiro nas esferas federal, estadual e municipal, verificando as variações de critérios seletivos e de inventário quanto às manifestações do patrimônio cultural; explicitar contornos ideológicos das políticas públicas de preservação do patrimônio cultural e suas relações com a afirmação de identidades coletivas no Brasil.
Ministrante: Prof. David William Aparecido Ribeiro
Período das aulas: 25/2 a 8/7 (Todas as terças-feiras das 14h às 18h)
Ementa completa: clique aqui